Um dia eu quis ser astrônoma. Quis
estudar as estrelas, a órbita dos planetas, os movimentos que os astros fazem,
me maravilhar com os pontinhos de luz da noite, por que os mistérios do céu
sempre me encantaram...
Só que eu não sabia que eu precisava estudar física, me utilizar da matemática, e ir pra bem longe de tudo que eu amo, então resolvi escrever. A minha visão idealizada das coisas, da vida, do mundo, me fez viajar longe, num mundo de criatividade muito grande, e louco, que nem mesmo eu posso compreender e me faz sentir muita dor, na maior parte das vezes.
Só que eu não sabia que eu precisava estudar física, me utilizar da matemática, e ir pra bem longe de tudo que eu amo, então resolvi escrever. A minha visão idealizada das coisas, da vida, do mundo, me fez viajar longe, num mundo de criatividade muito grande, e louco, que nem mesmo eu posso compreender e me faz sentir muita dor, na maior parte das vezes.
Vai ver que escritor nasceu pra sofrer,
não só fingir que sente dor. Talvez vida de escritor tenha a sina de ser vivida
com sofreguidão, tenha idas e vindas de felicidade, só pra ele ter que escrever
as partes boas das lembranças, e as melhores dos momentos de dor, voltando logo
à amargura... Aí escreve como se sente amado, e o quanto pode demonstrar esse
amor e o quanto esse amor lhe faz ou fez bem, o quanto o (a) amado (a) é
importante em sua vida, e as coisas que dava pra ter de volta esse amor. Só
pode ser isso!
Então eu, não achando suficiente ser
escritora, procuro outra coisa diferente na minha vida pra fazer, mas não
consigo: meu refúgio sempre vai ser escrever o que sinto, até porque não
suporto falar. Escrevo, e me sinto a mais antiquada das pessoas, a mais piegas
e cafona que se pode existir, mas escrevo mesmo assim.
Escrever é um refúgio, um alívio. Todo
escritor tem que passar por uma angústia, amiga, pra encontrar, então, uma
saída, e poder fazer outros, ao ler, reviverem a dor e o amor.