Eu e minha calcinha vermelha, andando pelo quarto, seminua. Mamãe
não está aqui pra me dizer "vá se vestir, menina. Pode vir alguém aqui e
você está assim" - e já nem sou mais uma menina. Estou pensando em você e
não sei se isso é bom ou ruim, afinal o dia passou e você nem sequer ligou. Não
sei por que me importo tanto, ou, na verdade, eu sei e só não quero admitir. E
você também sabe o por quê.
Eu queria que você me perguntasse mais vezes o quê que eu tenho quando eu digo "tudo bem". Ou ao menos notasse que estou diferente do normal, insistisse pra eu falar meus motivos de estar tão quieta assim. Mas você não pergunta. Só não é tão frustante quanto vir no domingo às três e tantas e ter que sair às quatro e meia. 'Se era pra ser assim, por que veio?' Tenho vontade de dizer, mas engulo isso.
Eu queria que você me perguntasse mais vezes o quê que eu tenho quando eu digo "tudo bem". Ou ao menos notasse que estou diferente do normal, insistisse pra eu falar meus motivos de estar tão quieta assim. Mas você não pergunta. Só não é tão frustante quanto vir no domingo às três e tantas e ter que sair às quatro e meia. 'Se era pra ser assim, por que veio?' Tenho vontade de dizer, mas engulo isso.
Sei que a gente é muito diferente e eu sempre te disse que tinha
medo de que isso se acabasse por tudo estar indo rápido demais, como realmente
aconteceu. Não queria dizer isso, mas eu te avisei. E essas nossas diferenças
de temperamento me matam, e me levaram sempre a ter vontade de terminar. Algo
que mal começou, eu sei.
Se eu me arrepender você me dá uma chance? Uma nova chance, de
novo? Me promete, vai. Eu nem 'tô' procurando um outro alguém, só 'tô' tentando
me achar. E isso só pode se chamar medo...
Tweet