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terça-feira, 22 de novembro de 2011

Maldito seja.


Tu me fazes pensar em coisas que eu não sei explicar, nem sei viver direito, só pensar, imaginar. Tu me fazes querer sentir, ouvir, me 'empanzinar', me encharcar das tuas palavras, doces palavras. Malditas palavras. Palavras que me fazem ter saudades do que eu não senti e não vivi. Me fazem sonhar, acordar boba, sentir cheiros malucos pela casa, sentir respirações pelo meu corpo. Breathe.
Vai, continuas escrevendo esses teus textos loucos, meches comigo da forma mais pura e sentimental possível. Me fazes chorar de dor, de amor. Me toca com a ponta dos teus dedos, observas meus passos, me faz te perguntar 'o que tu estás pensando?' Breathe me.
Tenho medo, mas te devoro, com os olhos, pelos dedos, que 'clicam' na setinha ali, pra baixo. No mouse pad. No maldito droga de mouse pad. Te leio, te registro, te copio. Daí ouço as músicas que tu ouves, me influencias, vai. Me beija, me morde, me cheira, te cheiro, e que cheiro bom. Tudo virtualmente. Breathe in me.
Não deixa ninguém saber, mas tu meches comigo de tal forma comigo, pelas tuas palavras malditas, tuas experiências ridículas, tuas histórias incríveis. Ou estórias, não sei. Malditas sejam todas elas, e todas as fãs que tu arranjas por aí, todas as 'mulherzinhas' bandidas, e tudo que me faz sentir ciúmes, sentimento esse que quase sempre nunca eu sinto na vida. Maldito seja tudo isso que tu me fazes sentir, até quando me faz rir, por que mais parece que tu tens uma câmera escondida na minha casa. Para de me vigiar, sinto que não posso mais fazer nada sem ter alguém me olhando. Maldita seja a minha falta de liberdade. Set me free.
Maldito seja teu computador, teus cadernos, todas as canetas e lápis, bendita só a borracha. Apaga tudo isso aí que tu escreveste, pelo-amor-de-Deus! Maldito seja tudo o que me faz te lembrar. Malditas todas as coisas e não-coisas que te rodeiam. Não, esquece, te maldigo por tu estares sempre em meu caminho, me enchendo de vida e de dificuldades junto. Das realidades mais loucas, das histórias mais soltas, coisas que não vi ou vivi, mas que amo, cada uma delas, cada texto daquele. Malditos textos, malditas histórias. Bendito sejas tu, por fazer parte disso, por escrevê-los e, principalmente, por me fazer sonhar, sempre, ao viajar dentro deles.