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domingo, 27 de dezembro de 2015

Pequena Crônica Musical nº 18 - Fotografias

Amar pode doer e amar às vezes dói mesmo. E essa é uma das poucas coisas que eu sei, porque às vezes é difícil insistir em amar alguém. E quando fica mais difícil, mesmo assim faz você se sentir vivo.
A gente vê o amor em um fotografia, e guardamos o que está na memória num papel onde não há movimento e o tempo fica parado esperando que você veja essa foto de novo.
Você pode manter essa foto num porta retrato do lado da cama, ou num álbum de fotografias de família que vai demorar a ser reaberto por anos, mas você prefere me guardar no bolso da sua calça jeans surrada. E pode imaginar que me abraça, que o tempo voltou, e que vai ficar congelado até que eu volte pra você e pra nossa casa.
O amor pode curar uma alma ferida e remenda-la como numa bela colcha de retalhos. E outra coisa que eu sei sobre o amor é que fica mais fácil em cada pedaço seu quando você ama alguém que te ama também. E quando você sente o amor, sabe que é a única coisa que vai levar da vida depois que morrer.
Mas antes disso vai olhar numa fotografia e relembrar os momentos que viveu. As lágrimas que não caíram, os beijos que não foram dados, as brigas que não deveriam ter existido.
Então eu tiro nossa foto do bolso do meu macacão jeans rasgado, e abraço com toda força que posso, sabendo que nunca estarei sozinha. E se eu te machucar, me perdoa! Não foi a intenção. As palavras podem ser como punhais que nos ferem e fazem sangrar, mas tudo bem se você sempre voltar pra casa, pra mim.

E você pode desconsiderar o que eu disse aos dezesseis, porque eu não tinha ideia do que você ia ser pra mim. Mas agora você pode considerar um sim ao invés daquele não, porque não é apenas paixão.








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