O clichê “Tudo que se precisa é amor” é uma mentira, por que se fosse verdade você estaria ao meu lado, não teria ido embora, e eu não estaria aqui, só e triste. Eu não teria derramado tantas lágrimas, você não teria passado tantas noites em claro, a gente não teria se machucado tanto um com o outro.
Eu olho o clima dos lugares que sei que você poderia estar hoje, só pra ver se você pode ver as mesmas estrelas que eu, afinal, esse é o único direito que eu tenho sobre você agora. Eu sei, eu imagino que eu tenha estragado tudo. Por tantas vezes eu me contive, mas dessa vez tudo foi duro demais, e eu não consegui conter minha língua estúpida.
Eu
já tentei tanto pegar o telefone e ligar, mas aí eu disco o teu número, e erro
de propósito. Você sabe, né? Quando eu tô chateada sempre apago seu nome da
agenda, e da discagem rápida também. Fico pensando, você já deve estar com
alguém melhor uma hora dessas. Só que ninguém vai te amar tanto quanto eu.
Pego
de novo o celular e ligo de novo oito-um-zero-e-tal... Chama até cair. Cai na
caixa postal. Uma mulher quer que eu deixe recado. Não. Tento mais um vez. Essa
vai ser a última, só mais essa. Talvez você não queira me ouvir. E foi-se o
primeiro ‘tu’. Atende, por favor.
― Alô, não desliga, eu liguei só pra ouvir sua voz.
Não, hoje eu não quero brigar. Eu sei, fui eu quem terminou, mas se você
soubesse o quanto eu me arrependo, e o quanto eu queria voltar no tempo pra
nunca ter te dito tudo aquilo que eu falei... Até por que eu vou te amar até o
dia que eu morrer. Eu não sei que tem de errado comigo, não sei o que me deu na
cabeça.
Bem,
nada vai substituir o tempo, ou essa tristeza, que a gente tá sentindo agora.